quinta-feira, 31 de julho de 2014

Conheça o ramo Lobinho "Alcateia"

Ramo Lobinho "Alcatéia"

A Alcatéia é o ramo escoteiro em que ficam crianças de 07 a 10 anos de idade de ambos os sexos. O programa educativo e as etapas do lobinho visam os primeiros ensinamentos, a parte em que a criança aprende viver junto com outras pessoas. Na Alcatéia a criança aprende e se preparar para, quando tiver a idade certa, seguir para a Tropa Escoteira.
O programa da Alcatéia é inspirado no "Livro da Jangal", de Rudyard Kipling, resumido em "Mowgli, o menino-lobo".
A organização da Alcatéia pode ser só de lobinhos, lobinhas ou mista. O chefe é chamado de Akelá e seus assistentes são chamados Baloo, Baguera, Kaa, Chill ou outros nomes representados no "Livro da Jângal".
A Alcatéia é dividida em matilhas identificadas por cores, cada uma com 4 a 6 crianças, nos quais são realizados trabalho e jogos, mas isso não é o mesmo que o sistema de patrulhas, adotada no Ramo Escoteiro ou Ramo Sênior.
O lobo é o animal símbolo de todas as matilhas, que se diferem numa mesma Alcatéia pelas cores próprias dos lobos. A matilha é liderada por um Lobinho ou Lobinha chamado de Primo, auxiliado pelo Segundo Primo. Os Primos são escolhidos pelo Akelá, enquanto os segundos primos são escolhidos pelos outros lobinhos.
Antes de completar 11 anos de idade, o Lobinho é encaminhado para a Tropa Escoteira, depois de fazer a "trilha" para se adaptar na futura tropa, o Lobinho passa por uma cerimônia de passagem na qual se despede da Alcatéia.

Chefia da Alcatéia


  • Amarela


  • Vermelha

  • Cinza

  • Branca


História do Lobismo

Na edição original do livro "Escotismo para Rapazes", Baden Powell não fixou um limite de idade mínima, nem máxima para o ingresso do menino no Movimento Escoteiro. Como consequência disso as tropas tinham meninos cujas idades variavam entre 9 a 18 anos.
As coisas, no entanto, não eram tão simples assim! Imediatamente levantaram-se agudas e persistentes vozes dos meninos que eram muito pequenos para serem escoteiros, irmãos menores, que não estavam na faixa etária da "diversão" organizada no princípio do século, queriam entrar na brincadeira e não podiam esperar mais.
Os "pequenos" foram tão persistentes, intrometendo-se nas reuniões de Tropa e iniciaram alguns ensaios por volta de 1909.
Os primeiros esforços de trabalhar com meninos menores não obtiveram sucesso. Alguns escoteiros sentiram em receber estas crianças como "Junior Scouts", mas os resultados foram desastrosos. A tropa desestruturou-se, os mais velhos não desejavam misturar-se com os pequenos e estes não conseguiram acompanhar as vigorosas atividades feitas pelos escoteiros.
Tomar providências para que o que mais tarde foi chamado "Junior Scouts" (Escoteiros Junior), foi uma tarefa muito árdua para Baden Powell, pois embora ele estivessem receptivo à idéia, teve que tomar precauções para evitar a impressão que seu Movimento estava criando um jardim de infância para escoteiros.
Naturalmente o uniforme era o mais esperado pelos meninos, assim, essa primeira versão do LOBISMO usava chapéu de abas largas, um lenço, uma mochila e um bastão. Eles aprendiam nós simples, sinais de pista, semáforos e noções rudimentares de primeiros socorros. Isto, na verdade, constituía uma versão diluída do Escotismo aplicada por incomodados Assistentes ou Chefes de Tropa.
Não há dúvida de que o pioneiro do nosso ramo foi o Reverendo A.R. Brow, Chefe da Tropa número 1 do Enfield Highway, em Niddlessex, Inglaterra. Foi ele quem em janeiro de 1910, publicou um artigo no "Headquarters Gazette", onde concretamente questionava: O que iremos fazer com os meninos menores de 12 anos?
B.P. teve dupla preocupação, conforme explicou em artigo do "Headquarters Gazette", a primeira era de não exaurir as crianças desta idade com atividades que não estavam além de sua capacidade física; e a segunda era evitar o risco de perturbar os rapazes mais velhos, os quais poderiam se sentir humilhados em terem de executar as mesmas atividades que os mais jovens.
Para esclarecer as suas idéias, escreveu no final do ano de 1913 as primeiras tentativas de denominar os meninos menores e entre as sugestões do chefe estavam os nomes de: Beavers (castores), Wolf Cubs (lobinhos), Cubs (filhotes), Colts (potros) e Trappers (ajudante de caçador). Em suma B.P. preocupava-se que o novo ramo tivesse suas próprias características, não fosse uma versão simplificada do programa dedicado aos escoteiros.
Depois deste período de experiências e indagações, B.P. solicitou a Percy W. Everett que estudasse o que estava fazendo e que redigisse um esquema provisório. Em novembro de 1913, Everett lhe apresentou um projeto intitulado: Regras para escoteiros menores.
Sobre este manifesto o Chefe demonstrou seu agradecimento ao reverendo Everett, salientando apenas o uso de uma nomenclatura e a distinção necessária pelo uniforme. Segundo B.P. o nome "Lobinho" ou "Cachorro" seria muito adequado especialmente este último para designar os Pata Tenras. Quanto ao uniforme disse que um boné, semelhante ao usado no jogo de criket e um suéter estaria muito de acordo com a elegância e praticidade necessária.
Com mudanças e emendas, em 1914, o Headquarter Gazette publicou o esquema para "Lobinho" ou "Jovem Escoteiro" que não era mais que uma forma modificada de adestramento de escoteiros; incluía uma forma de saudação, um emblema em forma de cabeça de lobo, a promessa simples de servir e cumprir o dever e alguns testes simples adaptados à faixa etária. O clima de guerra imprimia um forte sabor patriótico, com muitas manobras, marchas, saudações a Bandeira e cantar o Hino Nacional.
A publicação desse esquema foi acompanhada da promessa de B.P. de elaborar um Manual próprio para os pequenos o qual abordasse um método com características próprias.
A partir de 1920, Gilwell abriu suas portas para os chefes de lobinhos. O centésimo curso foi elaborado em 1949, pois o número de cursos foi acelerando-se desde cedo.
Em poucos anos, a presa portada com exclusividade pelos Chefes de Lobinhos foi substituída pelas tradicionais contas, igualmente aos Chefes de Tropa.
Manuais de treinamento e guias para lobinhos começaram a ser publicados, como também livros para serem usados pelos próprios lobinhos.
A demanda pelo treinamento cresceu mais que a capacidade de Gilwell. Em 1922, o título de Akelá Líder foi inventado, o que autorizava ao seu usuário a tocar o seu próprio curso na sua cidade, tão rigorosamente nos moldes de Gilwell quanto possível.

Um pouco sobre o Ramo Lobinho

Um pouco sobre o Ramos Lobinho 

A Alcatéia é formada por meninos e meninas de 7 aos 10 anos de idade que pertencem ao Ramo Lobo os quais são chamados de Lobinhos e Lobinhas, quer dizer filhotes de lobos que iniciam seus passos na vida do Povo Livre. Eles não acreditam que sejam animais, mas brincam de sê-lo dentro de um grupo que tem determinada forma e organização. A Força da Alcatéia reside em que seus membros agem como um grupo que toma suas próprias decisões: escuta, respeita e ajuda os outros, cresce e aprende em conjunto, pois o lobo não caça sozinho, é que nem a criança não anda sozinha.
Uma alcatéia e formada no máximo de vinte e quatro lobinhos, que são divididos em quatro Matilhas de seis elementos. Cada matilha se identificam segundo as cores da pelagem dos lobos. Cada matilha é comandada por um Primo ou uma Prima, pois as matilhas podem ser mistas.
A Alcatéia é comandada pelo seu chefe o qual é chamado de Akelá e seus assessores de acordo com estória, podem ser: Baloo o urso, Bagheera a pantera negra, Káa a cobra.
Na Alcatéia existe as Leis da Jângal as quais Baloo ensinou a Mowgli.

Nossa Lei tem cinco artigos:

I O Lobinho ouve sempre os Velhos Lobos.
II O Lobinho pensa sempre primeiro nos outros.
III O Lobinho abre os olhos e os ouvidos.
IV O Lobinho é limpo e está sempre alegre.
V O Lobinho diz sempre a verdade.

E a nossa Promessa diz:

Prometo fazer o melhor possível para:
Cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria
Obedecer a Lei do Lobinho e fazer todos os dias uma boa ação.

Nosso Lema é MELHOR POSSÍVEL.

Objetivos:
Desenvolvimento físico, intelectual, caráter, afetivo, social, espiritual, e a conviver com a natureza aprendendo a preservá-la.


Fonte: UEB